O presidente do Corinthians, Augusto Melo, encontra-se diante de uma crescente ameaça de destituição de seu cargo, após sofrer um revés significativo na Justiça. Nesta quinta-feira (12), a autorização concedida pelo Judiciário permite que o Conselho Deliberativo do clube vote o impeachment do dirigente.
A decisão judicial, que revoga a liminar obtida por Melo em 2 de dezembro, suspende a reunião do Conselho programada para discutir sua destituição. Em segunda instância, os desembargadores Salles Rossi, Benedito Antonio Okun e Clara Maria Araújo Xavier negaram o pedido do presidente, abrindo caminho para a pauta ser retomada. No entanto, a votação pelo Conselho está prevista somente para 2025.
Em sua declaração ao ge, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, assegurou que conduzirá o caso com zelo e responsabilidade. Ele ressaltou a importância de seguir os procedimentos estatutários e proteger os interesses do clube durante esse período delicado, afirmando que a decisão judicial refuta a alegação de golpe político na agremiação esportiva.
O pedido de impeachment contra Augusto Melo baseia-se em um relatório do Conselho de Orientação (CORI), que apontou indícios de gestão temerária, especialmente no contrato com a empresa VaideBet, objeto de investigação policial. O relatório enfatiza que o dirigente teria violado normas estatutárias e a legislação esportiva ao negligenciar os efeitos negativos do referido contrato, que manchou a reputação da instituição com notícias prejudiciais.
Ademais, o estatuto do Corinthians estipula que o impeachment pode ser justificado por diversas razões, incluindo infrações graves e danos à reputação do clube.
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